Lá no município, a Diretoria de Atenção Básica é organizada em Colegiado da Atenção Básica e Distritos de Saúde, e nestes estão localizadas as unidades de saúde integradas e as unidades de saúde tradicionais. A unidade de saúde integrada tem ESF e é fruto da reestruturação da rede, no qual as ex unidades de saúde passaram por um processo de integração a partir da junção de cada quatro unidades em um “espaço coletivo” / estrutura física coletiva. Cada ex unidade de saúde tem seu espaço próprio dentro da estrutura e sua população adscrita. Porém, há espaços e momentos coletivos e compartilhados por todas as equipes, como, por exemplo, atividades de educação em saúde, acolhimento, vacinação, sala da farmácia e semanalmente ocorrem reuniões com todos os trabalhadores da unidade integrada.
Considerando os princípios de regionalização e participação social (BRASIL, 1988), a rede de saúde do município é organizada em cinco distritos sanitários, e nestes estão estruturados os conselhos distritais e aos conselhos locais. O conselho distrital é institucionalizado, apresenta caráter consultivo (quem delibera é o conselho municipal) e é liderado, de forma paritária, por representantes do território - trabalhadores, gestores e usuários. De maneira formalizada, o conselho é “a própria iniciativa da ESF em seu território em busca da garantia da participação popular através de reuniões periódicas com a comunidade, onde discuti o funcionamento das unidades, mas também com uma perspectiva educativa”, revelou um dos entrevistados.

Considerando a utilização das TICS, a Secretaria de Saúde faz o uso de ferramentas tecnológicas para postar informações do setor saúde no facebook, twitter e site da Prefeitura de João Pessoa e para o processo de formação em gestão do apoio matricial através da plataforma Moodle, o que é realizado por meio de convênio com a Universidade Federal da Paraíba.
Dentre as mudanças nos serviços esperadas pela Diretoria da Atenção à Saúde estava a atenção pautada na clínica ampliada, uma das premissas do plano municipal de saúde. Isto porque, embora a clínica ampliada fosse à época, um dos assuntos abordados na educação permanente, os “avanços no ponto de vista da sensibilização dependem de mudanças processuais, e, sobretudo, culturais para a superação do modelo médico-centrado”, destacou informante da pesquisa.