Na ocasião as pesquisadoras conheceram o sistema de saúde do país, o National Health Service (NHS), que também é público, universal e gratuito, além de apresentar princípios semelhantes aos do Sistema Único de Saúde brasileiro, o SUS. A professora Andreia Drummond explicou que o NHS é um sistema completo, com locais equiparáveis aos nossos centros de saúde (surgery), serviços de emergências (emergency) e hospitais (hospitals). “Alguns serviços especializados também são equiparáveis aos brasileiros, como os de saúde mental ou reprodutivo. Os serviços hospitalares de Londres são conectados com as universidades da cidade”, explica a docente da UFMG.
As professoras visitaram o University College London Hospital em Bloomsbury, o King’s College Hospital e o King´s College Dental Institute, ambos no campus Denmark Hill, e o Barts and The London School of Medicine and Dentistry da Queen Mary University of London, em Whitechapel. Além disso, conheceram serviços especializados como o Camberwell Sexual Health Centre, e os centros de atenção primária Deptford Surgery, Camberwell Green Surgery e Manor Place Surgery.
Carla Targino explicou que elas reuniram informações sobre o acesso e a comunicação do NHS, os quais são bastante apoiados e utilizados pela população que, por sua vez, é bastante ativa na participação e no controle social. A pesquisadora comentou ainda que as produções científicas viram, de forma mais direta e rápida, políticas públicas e que o NHS apresenta também um sistema de identificação totalmente digital, além de serviços de atenção domiciliar e com o serviço de assistência social integrado.
Andreia destacou que na Inglaterra não há políticas de equidade como as existentes no Brasil. “Durante as entrevistas percebemos que não existem unidades ou políticas de saúde específicas para grupos como LGBT [lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres transexuais e homens trans], pois não há dados que indiquem a necessidade para tal. Relataram também que existem serviços de tradução para que o acesso e/ou a acessibilidade de pessoas que não falam a língua inglesa possam ser proporcionados, assim como deslocamento de profissionais de saúde específicos para locais em que a população tem dificuldade de acesso por motivos culturais ou religiosos, como é o caso de mulheres muçulmanas”.
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